Novas perspectivas para a cartografia arqueológica Jê no Brasil meridional
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Os grupos Jê do Sul foram por muito tempo percebidos através da ótica do ‘modelo padrão’, que os considerava demograficamente reduzidos, isolados e nômades. Entretanto, os recentes avanços da arqueologia no Sul do Brasil tornaram possível questionar tal modelo. Neste artigo, nosso objetivo principal é demonstrar, através do mapeamento dos sítios arqueológicos e de suas datações, que podem ser identificadas áreas de alta densidade populacional com ocupações permanentes. Além disso, discutimos outras hipóteses com base na distribuição dos sítios: 1) sobre o povoamento do Sul do Brasil pelos grupos Jê; 2) sobre os processos de interação com outras populações (principalmente da família linguística Tupi-Guarani); e 3) sobre sua situação territorial no início do século XVI.
- Francisco Silva Noelli, Jonas Gregorio de Souza
- Artigo
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Scielo

