Ecologia, doença e desenvolvimento na Amazônia dos anos 1950: Harald Sioli e a esquistossomose na Fordlândia
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O artigo trata dos estudos do biólogo alemão Harald Sioli sobre a esquistossomose na região de Fordlândia, às margens
do rio Tapajós, no Pará, realizados no início dos anos 1950, quando integrou a equipe do Instituto Agronômico do Norte
(IAN). O IAN foi criado em 1939, no bojo de uma série de iniciativas destinadas a promover o desenvolvimento de
regiões brasileiras, tidas como ‘atrasadas’ e vistas como ‘vazios demográficos’, por meio da agricultura, do incentivo à
migração, de obras de infraestrutura e de ações de planejamento econômico. Sioli abordou a esquistossomose a partir
de uma perspectiva ecológica. Correlacionou sua incidência com fatores ambientais ligados à distribuição dos caramujos
hospedeiros, a atividades humanas e aos padrões de ocupação da terra. Dessa forma, podemos filiá-lo à vertente ecológica
de estudo das doenças infecciosas, mostrando que ela teve lugar no auge do otimismo sanitário e do ciclo ideológico
do desenvolvimentismo. - André Felipe Cândido da Silva | Dominichi Miranda Sá
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