A floresta é o domus: a importância das evidências arqueobotânicas e arqueológicas das ocupações humanas amazônicas na transição Pleistoceno/Holoceno
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Este artigo discute o papel que as antigas ocupações exerceram na constituição do que se considera como floresta
amazônica, tendo como base dados arqueológicos e arqueobotânicos da transição Pleistoceno/Holoceno e partindo
das relações entre humanos e ambientes (destacando eixos de heterogeneidade). A ocupação de lugares estratégicos da
paisagem, a alteração permanente da composição do ambiente e o manejo de uma gama variada de plantas, principalmente
de palmeiras, levam a pensar que alguns conceitos sobre mobilidade e incipiência cultural de grupos humanos antigos
carecem de revisão. Com proposta de estabelecer diálogo entre informações de trabalhos ecológicos, botânicos,
biogeográficos, etnográficos e arqueológicos, procuramos demonstrar que o retorno para lugares promovidos é uma
estratégia de ocupação que remonta às ocupações mais antigas. Destacando as plantas como marcadores importantes,
apresentamos uma proposta de conceito de inclusão para situar o planejamento dos usos de recursos diversificados e
suas modificações do/no ambiente, transformando estes em lugares persistentes. - Myrtle Pearl Shock | Claide de Paula Moraes
- Dossiê
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